Estou com a vista cansada de olhar sempre para as mesmas coisas
E com os ouvidos desacreditados por ouvir tantas mentiras.
As pernas hoje já não querem correr e a voz quer ficar escondida no fundo da garganta
Porque essa tarde cinza me fez achar que tudo é vão.
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A não ser escrever, é claro. Escrever continua sendo eficaz!
Talvez ainda a única coisa capaz de me dar novas perspectivas, ainda quando uso as palavras de sempre.
Porque há nas palavras sempre alguma novidade, se você crer nelas.
E ainda que o mundo lá fora me faça não querer crer em mais nada, aqui dentro ainda creio nas palavras.
Elas não se cansam, nem se enfadam ou desistem.
Elas não mentem, não me decepcionam nem me abandonam.
Ao contrário das pernas exaustas, minhas mãos ainda correm ao papel em branco em busca de algo.
E enquanto houver espaços em branco e palavras a serem ditas, nenhum cansaço me fará desistir.
Curti muito! Continue fazendo essa mágica com as palavrass!
Obrigada, Rafa! ❤
Olá, gostei particularmente desse texto… Que poder maravilhoso e único possuem as palavras para mexer com o nosso interior não é mesmo? Parabéns por ter esse poder! Que faça dele uma força, uma resistência e um eterno acreditar.
Ah e isso me faz lembrar um trecho do clássico de Belchior, a Divina comédia humana: “Enquanto houver espaço, corpo e tempo e algum modo de dizer não. Eu canto…”
Que lindo o seu comentário, Josué! Muito obrigada pelo carinho! ❤
Ainda não visitei o seu blog, mas em breve o farei! Beijos!!! 😉